
A Comunicação Não Violenta pode ajudar a ter conversas mais saudáveis e pacíficas com os familiares
Sabe aquela tia que repete a mesma história quando os familiares se encontram? A avó ou o avô que já contou várias vezes as dificuldades que passou na infância? Ou aquela pessoa que faz piadas constrangedoras e que desperta gatilhos em você? Difícil uma família que não tenha alguém mais ou menos assim, né? É que todas são formadas por seres humanos e todos nós temos as mesmas necessidades. Uma delas é ser escutado. A outra, é de pertencer a um grupo. E muitos conflitos acontecem por causa dessas necessidades não atendidas.
A pessoa que repete a mesma história várias vezes pode ainda não ter se sentido escutada. Você pode até achar que está escutando com presença – e talvez até esteja. Ao mesmo tempo, a outra pessoa ainda não teve essa necessidade atendida de forma satisfatória.
Mas e então, será que existem outras maneiras de escutar?
A Comunicação Não Violenta nos ensina algumas ferramentas de escuta. Uma delas é buscar identificar os sentimentos e as necessidades da pessoa que está falando. Se você tem a oportunidade de falar seus palpites para a pessoa, que bom! Isso pode ajudá-la a entender o que acontece com ela! Se você não tem espaço para checar isso, mesmo assim, pode questionar a você mesmo e focar nesses questionamentos: o que a pessoa está sentindo? Do que ela está precisando? Só esse exercício, ainda que seja feito por você em silêncio, já pode lhe ajudar a estar presente e concentrado na conversa.
E, se você perceber que está se sentindo irritado, incomodado durante esse diálogo, aí é importante uma investigação interna: por que você sente isso? Qual necessidade sua não está sendo atendida nessa relação?
A escuta em encontros de família é um tema que pode ser trabalhado nos meus workshops de Comunicação Não Violenta – inclusive dentro de empresas. Quando a empresa incentiva que seus funcionários tenham bons relacionamentos na família, ele se sente mais motivado e visto.
Desejo que você tenha bons diálogos nesse fim de ano com a família! E que consiga estar presente!
Um abraço apertado!
Patrícia Silveira
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